CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
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Acordei sorrindo.

Ouvi seu sorriso perto dos meus ouvidos, com seus olhos apertadinhos. Abri os meus… e você não estava lá. Lembrei-me de que vivi um pequeno momento maravilhoso com você.

Sentados um ao lado do outro, no sofá, segurando as mãos sem deixar escapar qualquer sentimento. E sua voz — encantando minha alma. Falamos dos nossos trabalhos, das nossas vidas, do futuro, quem sabe… e, o melhor de tudo, rimos como adolescentes. Esquecidos da hora, das crianças, do tempo e do mundo.

Naquele instante, o mundo era apenas eu e você. Sua pele, sua cor, seus olhos, seu perfume… era tudo o que me envolvia, tudo o que me importava naquele pequeno momento em que só existíamos nós dois.

E como todo sonho, tivemos que acordar. Olhar o relógio, ouvir as crianças… e rir um para o outro, como adolescentes peraltas que fizeram alguma arte, ou que se aventuraram nas suas pequenas aventuras íntimas.

Como foi bom sentir você nos meus braços, sua cabeça sobre meu peito ouvindo a batida do meu coração. Como foi intenso vasculhar seus cabelos entre meus dedos e me perder na imaginação dos seus beijos.

E todo esse momento ficou preso dentro de mim, continuando depois que adormeci… e me acordando com sede de tê-lo de novo. Eu adolesci meu peito. Apaixonei-me pelo seu jeito, seu sorriso, seu toque, seu cuidado. Eu me senti amado.

E quando foi saindo aos poucos do meu campo de visão — dissolvida pelo sol da realidade, pela luz do outro dia, pela demanda e pela obrigação — guardei no meu peito a imagem que não quero mais esquecer: você.

Dir Lopes
Enviado por Dir Lopes em 30/06/2025
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