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Porque escrever é ato de libertação
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Textos

Voz Silenciosa

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Em meu vazio, a solidão se instala.

O tempo pesa em minh'alma ferida.

Calo-me, sem opção, voz perdida:

Um eco surdo que o vazio embala.

 

Quem há de ouvir o som que fala,

Se a presença é ausência repetida?

Nas horas mudas, vejo a alma retorcida

E, à noite, o meu peito triste se cala.

 

Minha garganta guarda a voz em riste,

Que clama em vão por quem possa escutar,

Mas é a solidão muda que persiste.

 

No fundo, com esperança, ouso acreditar

Que a dor é só passagem: a vida insiste.

Há de, um dia, ensinar-me a amar.

 

Valdir Lopes

Dir Lopes
Enviado por Dir Lopes em 26/01/2025
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