Há dias em que o silêncio é tempestade
E o peito, em sua luta, se refaz:
A mente em convulsão busca a verdade
Mas o silêncio interno rouba a paz
Em meio à solidão, a ansiedade
Apresenta-se com o grito que se faz
O caos que vai além da realidade
Transforma o que é sereno em voraz.
Porém, após a chuva, a alma se alinha
E o céu da imaginação se faz amável
A visão da esperança se encaminha.
Na escuridão surge uma luz afável
Pois em toda trovoada que avizinha,
De fato, termina em brisa agradável.
Valdir Lopes