Na barca solar, Rá enfrenta a noite,
Apófis surge, ser de mil terrores,
Estrelado no céu, trava-se o açoite,
Luz contra caos, eternos dissabores.
Rá, o imenso brilho, o mundo inflama,
Corta as tristes trevas, raio claro,
O monstro, em sombras, espalha lama,
Tentando afundar barqueiro amparo.
Brilham estrelas, chamas da batalha,
E a cada volta, a luz prevalece,
Ainda que o caos renasça, sempre falha.
Rá vence o abismo, trazendo nova aurora,
No ciclo eterno, o bem jamais fenece,
Luz triunfante, eternamente aflora.
2 de janeiro de 2025 21:17