Promessas feitas, coração em chama,
Ingênuo amor, eterno prometido.
Tempo, perpétuo, a tudo reclama,
Desejo vão, o sonho destruído.
Nos lábios dela, a flor de breve odor,
No olhar, ela o meu peito alçava.
Tempo, cruel, carrasco sem pudor,
Levou a bela, nada mais restava.
Doce ilusão o jovem acalma,
No rosto frio o sonho se desfaz
Menino, espera: o tempo toma a alma.
Chaga aberta, a dor não se encerra,
Jura de eterno amor nunca mais.
Do chão não volta o que o tempo enterra.