CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
Mais um dia
Não...Não deixe que o sono domine...
Que te agarre pelas costas levando pela profundeza
Não... Não deixe a morte sorrir...
Agora não... Não desse jeito...
(O professor olhou desnorteado para sala, olhando, com o coração acelerado... era infarto?
De alguma forma, de algum jeito... iria subir aquele precipício.)
Quase caiu...
Mas com as forças das unhas encravadas no rochedo, foi escalando. O céu permanecia cinza. Apesar do desejo de se soltar para o abismo e deixar se levar pela escuridão. A morte era uma senhorita paciente e sábia. não havia pressa. Nessas horas não.
(Sobre o professor, os alunos olhavam, assustados, sem reação. Deitado no chão, um homem, um adulto. Estava desacordado. Havia caído. Deitado não parecia mau. Não estava mal. Será que só dormia?)
(O inspetor entra rapidamente e com auxílio de outras duas professoras tira o convalescente da sala de aula, sob o olhar vigilante e indagador de 30)
-Naquele dia, Guilherme dormiu pensando que havia matado o professor. E rezou seu primeiro Pai-Nosso.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 06/11/2007
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