CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
Senti meu frio e um vazio tão pequeno, numa imensa constelação de dor sentida. Olhei para o céu dos seus olhos e percebi que a Lua estava sumida. Afogado em seus prantos quentes, só havia escuridão. Uma nebulosa de passado me envolvia, com dureza e perdição. Tirei toda a minha roupa e o inverno me aqueceu. Dei um salto imenso e levantei voo. Senti meu corpo vencer a resistência da matéria. Sobrevoei rapidamente a minha casa. Sabia tristemente o que devia deixar. E caminhei em busca do outro lado, observei as estrelas sendo deixadas para trás e meu corpo foi se perdendo no espaço sem vontade do amanhã.
Valdir Lopes
Valdir Lopes
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 17/07/2018
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