NOVO CICLO
Dizem que a chuva lava a alma e permite renovação
Traz calma ao espírito atormentado
Alívio a ulceração de um peito magoado.
Um reforço a mais para quem não liga para os tropeços
Que a vida lhe traz ou as voltas que o mal faz.
Dizem que a chuva encanta, embala, balança
Nessa canção tenho levado timidamente meu sorrir
Enquanto o Sol continuar estupidamente querendo
Surgir, tenho a obrigação de no próximo dia levantar.
Não importa a dor que carrego em meu passaporte
Não importa as feridas, as marcas, em mim, fabricada
No meu caminhar. Não quero mais deixar de ser forte
Não vou deixar as idas desejosas. Meu jeito menino
Despedaçado, minha lida esperançosa
Há pessoas que não respeitam nem ao menos o próprio passado
Como poderá te respeitar?
Há pessoas no mundo egoísta sendo o que o mundo propõe
Vou continuar escrevendo poesia, meu propósito, meu lugar
Porque é na escrita que minha vida legítima se compõe.
E a Esperança, companheira de viagem, anda lado a lado
No meu peito, mesmo machucado, forte e contente.
Porque tenho a mania rasteira de confiar no meu presente
Sem deixar o Medo, esse consorte, me paralisar
Um dia a gente se encontra e verá, como me vejo,
E nunca pôde constatar, que estou muito além
Do que um simples desejo, de um reles beijo.
Olha! Parou de chover, parou de doer, parou.
E o mundo acendeu uma pequena luz no esplendor
Dizendo, o show tem que continuar
Por mais longa que for a poesia
Que seja como a vida, que valha a pena cada passo
Cada erro dado, que seja belo cada linha, palavra
Termo grafado. Porque é mais belo amar um dia
Do que propriamente ter sido amado.
Valdir Lopes
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 26/10/2015
Alterado em 26/10/2015