CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos

 
Frequentemente me pergunto se sei o que quero ser ou ter nessa vida. E na altura desse campeonato, com 33 anos, isso fica muito trágico. Digo tragicômico. Se me questiono, quer dizer que não tenho certeza das escolhas que fiz. E ainda não tenho certeza das escolhas a fazer. Eu nunca tenho certeza. Tragicômico.

Mas afinal, quem disse que eu deveria escolher como se estivesse numa loja e pegasse um produto? Talvez na vida eu pudesse não escolher e apenas observar. Tal como um passante que olha a vitrine de uma loja de sapato, sem a obrigação de levar. E com um tempo de dedicada observação, eu acabe aprendendo as diferentes cores dos sapatos, tamanhos, formas. Talvez tenha coragem de saber como são fabricados. E por fim, pode ser que eu acabe escolhendo um. Dessa vez não porque o mundo me obrigou a escolher.

Talvez só observar e não escolher seria muito frustrante. Por outro lado escolher sem observar seria estupidez.

Chego à conclusão de que não preciso ceder para as escolhas imediatas, mas também não posso me dar o luxo de apenas observar
 
Valdir Lopes
26-01-2015
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 26/01/2015
Alterado em 26/01/2015
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