CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
DESESPERO E DESTEMPERO

(homenagem à solidão, cega e invisível, surda e incapaz de falar)

Tempo... tempo
Eu já não tenho mais tempo
Se tenho não quero reconhecer
Não tanto assim..
Nem tempo para esperar
Eu não sei se nesse tempo
Terei tanto tempo para mim
Ao menos para ver você chegar
Não tenho esse tempo que o mundo me pede
Não tenho essa força que o mundo quer
Não tenho essa paciência dos deuses
Não tenho a vontade, e também não tenho muita fé
Tempo que me corrói
Tempo que me leva tudo, o meu sorriso,
Eu não sei mais de quanto tempo
De quanto tempo eu preciso.
Seria mais forte deixar a noite cobrir
Os dias vindouros
E esquecer o sol do pôr do outro dia
Deixar a aposta do que será
Aquilo que nunca seria
Tenho medo só do tempo que tenho
Para pensar no final
Um tempo tão triste e sozinho...
Um tempo desleal...
Eu não tenho mais tempo
E quem me dera
Se o seu tempo com o meu fosse igual.

 
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 10/08/2014
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