CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
Me acostumei com sua ausência,
Com a falta do seu sorriso, do cheiro de seu cabelo,
Ou do seu olhar profundo e estranho
Me acostumei com o silêncio, com meu quarto vazio.
Acostumei-me ao frio
Já não há mais motivo pra me ferir
Não faço mais oposição, pena que teve que sair
Já não faço mais do seu mundo
A minha sombra de vaidade
Aos poucos fui construindo meus passos, na realidade
Fui tentando reencontrar nos escombros,
Restos de mim, minha identidade
E mesmo sendo passado, sua ausência me lembrava
A vida que tive com você
Que agora perdida, era minha.
Me acostumei em não discutir e não ter medo de sorrir
E penso sempre o que as pessoas vão pensar de mim
Finjo que não penso nisso, tento não surtar
Falo-me “estou bem”... “vamos caminhar”
A vida é muito grande, não posso resumir em você
Eu escolhi novamente ser, essa estrada é solitária,
Mas não preciso, nunca mais, me esconder. Não tenho medos
Vivo tramando meus planos
Para as minhas próprias confusões, meus desejos
Acho que estou descortinando, vendo o céu por trás da bruma.
Creio que saio novo, renovado
Mesmo que restem sobras de espuma.
Sinto-me triste, de vez em quanto, mas é ponto consumado.
Sentir falta é natural, saudade de um tempo bom
Vou levar sim, só as coisas que fizeram bem pra mim
Vou deixar para o passado o que está concluído
Porque agora eu toco a minha canção.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 13/10/2013
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