CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos


Desci da dimensão oculta
Do outro lado do lado de lá
Desejei tanto ser novo aqui nessa terra
Deixei pra trás o ganho de tantas eras
Dei-me como escravo de novos desejos
Deitei-me em feno, em medo
Deixaram-me só, mas me acolheram
Dias frios, me aqueceram
Dores imensas, mesmo solitárias
Divaguei pelo mundo sozinho
Duvidaram de minha existência
Destronaram minha razão
Destruíram minha inocência,
Destruí, quando aprendi, a inocência alheia
Deitei em berços escuros
Ditei medos obscuros
Deleites e prazeres
Deram-me distância de minha sina
Deus me olhou piedoso
Deu-me outro dia.
Depois da morte
Deu-me outra sina.
 
(E tantas vezes que chorei, com o peito sufocado, com a dor emaranhada em meu castelo, vegetando lembranças e amargor; Quantas estrelas faltaram em meu teto, quantas luzes me cegaram. A verdade de mundo tão rápido é tão rápida e mesquinha. Eu queria ter uma rainha, um castelo, um lar. Queria amar. Foi o que me ensinaram. Foi o que aprendi. Hoje quero desaprender.)
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 22/02/2013
Alterado em 22/02/2013
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