CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
SERENIDADE E SOBRIEDADE
 
 
            Quando meu corpo, minha mente e minha alma encontram-se num ponto de equilíbrio, contribuindo mutuamente para a manutenção de todos, então me encontro na serenidade.
            O excesso é a forma estranha, mas comum, do homem encontrar o desequilíbrio. O desespero é a ferramenta de manutenção do excesso. Quero buscar caminhos suaves, apesar de penosos, como característica terrena. Porque sei que a lida tem hábito de me desesperar.
            E a forma mais condizente em manter meu equilíbrio é lutar contra o excesso.
            Somos excessivos por natureza. Passamos da simples necessidade para o abuso constante dos dons. Precisamos falar, mas não a todo o momento. Precisamos comer, mas não compulsivamente, precisamos beber, mas não qualquer bebida, precisamos dormir, mas não toda hora.
            Esse hábito nos condena. Destrói-nos, encarcera-nos dentro de um corpo doente, de uma mente perdida, de uma alma sofrida.
            Serenidade, sobriedade. Nem tudo que temos realmente precisamos; nem tudo que queremos, precisamos; nem tudo que existe, precisamos.
            Às vezes confesso que é muito difícil seguir esses princípios, apesar de ser tão simples. Será um grande feito se alcançarmos esse patamar, já que poucas pessoas conseguiram chegar a esse estado de bem-estar.
            A nossa realidade, os nossos enganos, as nossas ilusões criadas por nós mesmos concorrem para impedir nossa evolução. E a evolução da alma deveria ser o principal objetivo do homem aqui na Terra. Aprender e evoluir da melhor forma possível.
            Que Deus nos abençoe e que possamos chegar lá, no fim de nossa viagem, com o dever cumprido e com serenidade.
 
Valdir Lopes
valdirfilosofia@hotmail.com
 
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 12/12/2012
Alterado em 12/12/2012
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