GABRIEL E A DOCÊNCIA
Dizem os reclames populares, Gabriel não é nome de criança. Se pretender ter filho, evite nominá-lo, por enquanto, assim. O mais prudente é deixar que o pimpolho cresça e, quando tiver consciência daquilo que realmente quer, dê o nome a ele.
O pequeno então diz a mãe: “Quero que me chame Gabriel”. Então, a mãe responde: “Ta filhinho, pega esse papelzinho e leva lá pro moço do cartório e diga que quer esse nome”.
Não me entenda mal, queridos leitores, e quem já cunhou seu rebento de Gabriel não há motivo de desespero. É até um bom e saudável desafio de educação.
Porque, convenhamos, eu não conheço um Gabriel que não me dê trabalho. Quem eu sou? Desculpe-me a falta de educação. Sou professor.
E todo começo do ano, quando pego a lista da minha classe, verifico quantos Gabriel tem. E não é diferente com as Gabrielas.
Esses anjinhos que tem tendência de serem louros, gordinhos e com cabelos cacheados (sem preconceito) fazem da minha vida em sala de aula um desafio gostoso e não menos cansativo.
A sabedoria popular sabe que, nascendo Gabriel, o pequenino terá disposição para inúmeras estripulias, energias para tremendas traquinagens, imaginação para muitas aventuras e seu sorriso fácil e malicioso conquistará a gente sempre quando tivermos bravos com eles.
Quero reafirmar aqui que amo os Gabriel e Gabriela da minha vida. E espero que cresçam e produzam como meu admirado e inteligente cantor Gabriel, o Pensador.
Mas se você não está preparado para assumir a responsabilidade de ter um Gabriel, então não tenha.
É preciso muita disciplina, competência e dedicação para lidar com Gabriel. E quando adulto nada muda ou pouca coisa muda. Gabriel será sempre Gabriel e isso é que me maravilha. Como dizem: palavras têm poderes.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 24/10/2011
Alterado em 10/09/2012
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