A DIFÍCIL ARTE DE SER PROFESSOR
O Professor entra na sala, seu primeiro dia de aula, ansioso com todo o conteúdo do dia preparado, revisado, programado, ensaiado e decorado. É o sonho da vida realizando. Desde criança sonhou em ser professor, em poder levar a educação e o conhecimento para muitas pessoas, a ser formadores de gente, a contribuir para o crescimento da humanidade e preservação do mundo. Um grande ideal planejado há anos. enfrentou várias barreiras, brigou até com velhos professores de concepções velhas. sabia que não só seu entusiasmo e seu estudo poderia fazer dele um professor de sucesso. estava preparado, munido com teorias novas, pedagogia da alegria, pedagogia humanizada, pedagogia diferenciada, pedagogia individualizada, fora com a pedagogia fordista, pedagogia bancária, pedagogia capitalista.
Ao entrar na sala, aquelas carinhas animadas de olhos reluzentes, sentados um atrás do outro, ansiosos para conhecer o novo professor.
o professor fecha a porta e um pequeno e miudo e franzino e diminuto aluno levanta-se para pedir ao professor licença para poder ir beber água. Diante da negativa do professor, pois ele mal entrou, é declarada a guerra. Os outros, solidários começam o arremesso de misséis de papéis que daqui a alguns minutos inundará a sala. os inimigos são logo identificados, principalmente aqueles que se simpatizam com o mala do novo professor. Para esses uma artilharia de beliscões e pontapés. O professor, conhecedor da ciência humana tenta apaziguar a guerra, mas nada feito. Honra ou morte. Devem destruir o inimigo e proteger território.
o professor, dotado de conhecimento das novas pedagogia, decide uma atitude extrema para contornar a situação. convida os alunos a terem aula ao ar livre e abre as portas (ou as celas) e todas saem correndo em direção ao portão principal da escola. Portão aberto e o professor nunca mais verá seus rebanhos de novo.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 26/03/2010