CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
EU NÃO CUIDEI DE MIM.


Meus sinais
Minha pele
Meus desejos em meio a uma receita diferente
Meus planos
Em meio a muita gente

Minha vaidade
Minha crença
Minha sentença
Crime
Minha punição

Minha confissão
Derramada em lágrimas divergentes
Há tanta gente
Há tanta profissão

Minha insanidade
Minha devoção
Eu queria uma amor silencioso
Um amor gostoso, que me tire da realidade para sempre
E não me devolva àquela gente

Minha falta de poeticidade
Minha falta de horizonte, ou vírgula,
De sentir-me bem em qualquer cidade
Minha falta de força, de propósito ou fonte

De amor por mim mesmo
Minha falta de apreço
De som, de vontade
de nulidade

De não ser ninguém.
Minha falta de objetividade também.

Quem sou
Quem fui
Quem serei.

Hoje eu não tenho sonhos.
Acho que não terei.
Apenas uma canção embala minha fantasia que a fio está a se romper
Aconteça o que acontecer

Quem eu sou
Quem fui

Foram tantas coisas, tantos nomes, tantas vidas
Tantos elas
Eu não sei se poderei ser
Simplesmente eu,
Não sei como te esquecer

Não sei o que queria Deus
quando me fez nascer
E me deu de uma vez só tantas lidas.

Eu sou uma incognita
Não sei o que fazer da vida
Eu amei errado.
Eu amei assim
Eu tentei por todos os lados
Mas não cuidei de mim.


Valdir Lopes
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 26/05/2016
Alterado em 26/05/2016
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