CAVERNA
Porque escrever é ato de libertação
Textos
PLANO DE ESTUDO – ENSINO FUNDAMENTAL PRIMEIROS ANOS


DISCIPLINAS:
HISTÓRIA E LÍNGUA PORTUGUESA
PERGUNTA MOTIVACIONAL:
COMO ERA A PRAINHA DE BARBOSA ANTES DA REPRESA

CONTEÚDO:
HISTÓRIA (noção de temporalidade, historicidade a partir da realidade onde vive, relação entre tempos, caracterizações social, cultural e econômica, reconhecimento dos grupos sociais presentes e suas características)
1. Conhecimento da região onde vive: Cidade de Barbosa
1.1. Especificamente – Prainha de Barbosa (antigo Salto do Avanhadava);
1.2. Descoberta da realidade passada – Como era a região onde eles conhecem agora como “Prainha de Barbosa”
1.2.1. Quem morava e como eram essas pessoas?
1.2.2. Como moravam?
1.2.3. Quais eram suas estruturas sociais, culturais e econômicas?
1.3. Relação da realidade passada com a realidade presente – Como ficou assim o que hoje chamam de “Prainha de Barbosa”?
1.3.1. Quem mora nessa região e como são essas pessoas?
1.3.2. Faço parte dessa comunidade?
1.3.3. Quais são suas estruturas sociais, culturais e econômicas?
1.4. Comunidade Indígena.
1.4.1. Existiam grupos de índios na região?
1.4.2. Como eram, quais suas características?
1.4.3. Onde estão hoje?
2. Conhecimento dos procedimentos de pesquisa historiográfica
2.1. Fontes;
2.2. Autoridade científica das fontes;
2.3. Recolha de informações;
2.4. Categorização das informações;
2.5. Tratamento das informações;
2.6. Produção escrita e posterior leitura;
2.7. Verificação e avaliação da produção;
2.8. Conclusão por meio da nominação das fontes.

LÍNGUA PORTUGUESA (Noção e valorização da oralidade, leitura e suas modalidades, escrita/registro e suas modalidades, produção textual de acordo com o gênero, noções de coesão e coerência, autoria e autorização, valorização e autoridade textual)
1. Leitura de documentos;
2. Escuta de depoimentos;
3. Escritura de depoimentos;
4. Escritura de reflexões sobre leitura;
5. Escritura da produção do trabalho;
6. Análise e avaliação do material escrito;
7. Submissão do trabalho a leitura alheia;
8. Conclusão por meio da nominação das fontes.

OBJETIVOS
Seguindo o que é proposto normalmente nos currículos de história para os primeiros anos do ensino fundamental (PCN, 1997) como também respeitando as diretrizes das legislações maiores (LDB) esse plano de estudo, hora apresentado à comunidade escolar, tem como objetivos elencados abaixo:
1. Comparação temporal de fatos investigados;
2. Reconhecimento de diferenças e semelhanças de grupos a que o indivíduo pertence com os grupos alvos da pesquisa;
3. Reconhecimento das transformações e da natureza não estática da sociedade em que vive;
4. Categorização, caracterização, compreensão e interpretação dos meios de vida de cada grupo social;
5. Identificações de semelhanças e diferenças culturais, por meio de leitura crítica e autocrítica;
6. Estabelecer relações entre o presente e passado, podendo compreender a continuidade de um fato e não sua apresentação autônoma e independente;
7. Identificação e valorização de fontes e documentos como objeto de trabalho da historiografia;
8. Reconhecimento e estabelecimento da autoridade das fontes;

Público Alvo
Alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental

Instituição
Escola Municipal de Ensino Fundamental Gabriel José Martins.

Cidade
Barbosa

Estado
São Paulo

PROCESSO METODOLÓGICO
Segue, em princípio, sugestões metodológicas para a aplicação do plano de estudo, cabendo a cada instituição adaptar a realidade de sua escola, mas não abrindo mão de um trabalho em grupo com toda a comunidade escolar. Sendo os alunos atores principais do estudo como forma de ensino-aprendizado da formação crítica e investigativa do aprendiz. O professor, nesse turno, tem a obrigação de tutelar os caminhos dos neófitos de modo a preservar a liberdade e autonomia sempre prezando pela qualidade dos estudos e a clareza das razões dos impedimentos a caminhos sinalizados pelos discentes.

1. Levantamento de informações
1.1. FONTES ESCRITAS
1.1.1. Jornais da época
1.1.2. Documentos oficiais (Ex. CEESP)
1.1.3. Entrevistas
1.2. FONTES NÃO-ESCRITAS
1.2.1. Entrevistas
1.2.2. Filmagens
1.3. FONTES PRÓPRIAS
1.3.1. Entrevistas realizadas pelo pesquisador em função da pesquisa;
1.3.2. Fotos produzidas pelo pesquisador em função da pesquisa;
1.3.3. Filmagens produzidas pelo pesquisador em função da pesquisa.

2. Seleção procedimental de escrita de si
2.1. Diário da pesquisa;
2.2. Autobiografia (Caso o pesquisador tenha lembranças dos fatos pesquisados);
2.3. Entrevista com pessoas que tem lembranças dos fatos pesquisados.

3. Organização das informações
3.1. CATEGORIZAÇÃO;
3.2. CLASSIFICAÇÃO POR FONTE;
3.3. ORGANIZAÇÃO POR TEMPO DE REGISTRO.

O pesquisador (no caso o aluno) deverá por meio dessas propostas metodológicas buscar reconstituir o objeto da pesquisa por meio da investigação do passado desse objeto diante dos procedimentos elencados acima. Por isso, é importante uma boa conversa com o grupo, antes da busca em campo. Depois da coleta, outra conversa sobre os procedimentos de tratamento e organização das informações. Não esquecendo que as conversas são simultâneas também no decorrer do processo como forma de ensino-aprendizagem de alguns dos objetivos técnicos em Língua Portuguesa e História, já mencionados anteriormente. Devem estar cientes que devem usar a escrita contínua para relatar todas as características do processo em andamento. O uso de diário de pesquisa é uma atitude muito salutar para esse momento.
Após a realização desse processo de levantamento e tratamento das informações, junto com os registros pessoais dos pesquisadores, sugere-se a leitura individual e coletiva de todo o material, apreciação e reflexão do mesmo, redigindo, assim, outros textos que serão base da escrita do produto da pesquisa. Os professores envolvidos levarão em conta as especificidades do processo ensino-aprendizagem de leitura e escrita, como também a faixa etária e as capacidades de cada um para contribuir para o processo
As avaliações das escritas devem ser sistemáticas levando em conta todas as características inerentes ao gênero textual, a consciência do papel em que o escritor propõe-se a tomar, como também a consciência do provável leitor. A correção das características léxico-semáticas e também gramatical devem ser levadas em conta, fazendo o aluno compreender as necessidades de seguir as regras convencionais para tornar o texto mais claro possível.






REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARROYO, Miguel. Educar em diálogo com o nosso tempo. Editora Autêntica, 2011.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC,1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais; História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997, p.50 – 59.
FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DELL' AUTONOMIA – Saperi Necessari per La Pratica Educativa. Fonte: http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf/pedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf. Acesso em 05/08/2012.
MALATIAN, Teresa.  Um percurso historiográfico do conhecimento histórico. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 61 a 67.
MALATIAN, Teresa. Escrita de si e narrativa histórica. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 74 a 84.
MALATIAN, Teresa. Quanto tempo o tempo tem? In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p.68 a 73.
VIGOTSKI, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2012






valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 05/08/2012
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